O livro Astrologia, o Sobrenatural e o Além, de Sri Chinmoy, fala muito sobre assuntos que são bastante curiosos ou populares, incluindo sobre astrologia e meditação. Abaixo deixamos algumas perguntas referentes ao ocultismo, poderes psíquicos e seu contexto na prática de meditação e espiritualidade.
Pergunta: Disseram-me que estou em vias de desenvolver poderes psíquicos. Eu deveria continuar visitando centros espiritualísticos com essa meta?
Sri Chinmoy: No seu caso, gostaria de dizer francamente que não seria sábio desenvolver essas faculdades psíquicas agora. Por quê? Porque eu posso ver em seus olhos que você é uma pessoa bastante sincera. Não deveria ficar satisfeita com esses poderes psíquicos. A sua alma quer ir em frente, adiante, além. Existem pessoas que não têm a aspiração para seguir ao Mais Elevado, ao Derradeiro. Estão satisfeitas com lascas de poder psíquico e não querem ir além. Eu poderia recomendar que certas pessoas desenvolvessem as suas faculdades psíquicas. Mas no seu caso, se desenvolver essas faculdades, elas serão um empecilho e você não será capaz de ir além e alcançar o Derradeiro em sua vida. É você quem deve fazer a escolha: se quer ficar satisfeito com uma pequena guloseima ou se quer esperar pela Verdade infinita, o infinito Tesouro do Todo-Poderoso.
Ao ser dotado de faculdades psíquicas, meramente as experimentará e logo ficará encantado. É muito comum que pessoas recebam um pouquinho de capacidade psíquica, sintam-se satisfeitas e tentem utilizá-la nessa e naquela pessoa, a toda hora. É como uma criança que possui brinquedos fascinantes e brinca com eles o tempo todo. Ela negligenciará os estudos e acabará se tornando um tolo. No entanto, se a criança for sincera ou honestamente dedicada e der valor aos seus estudos, ela deixará de brincar e começará a estudar, porque sabe que precisa estudar para se tornar uma pessoa de sabedoria.
Um outro problema dessas faculdades psíquicas é que elas geralmente são ameaçadas por espíritos. Aqueles que desenvolvem as faculdades psíquicas podem não ser fortes de uma maneira espiritual ou ocultista. As faculdades psíquicas vêm do mundo psíquico. Elas são muito sutis, suaves, ou talvez delicadas, e frequentemente são ameaçadas por poderes ocultos, que podem ser muito ferozes, dinâmicos, arrogantes e destrutivos. Os espíritos famintos e insatisfeitos tentarão penetrar nas faculdades psíquicas do aspirante e levar embora toda a aspiração que ele tinha antes de interromper a sua vida espiritual para desenvolver seus poderes psíquicos. Mas, quando faz verdadeiro progresso espiritual, progresso interior, sem se preocupar com capacidades psíquicas, a pessoa irá sem dúvida obter todas essas faculdades ao final da sua jornada, após ter realizado Deus.
Você nunca sairá perdendo se não der atenção a essa capacidade psíquica, porque ela se desenvolverá automaticamente quando todos os seus centros se abrirem durante a sua meditação profunda. Para alcançar esta meditação, você deve buscar um Mestre espiritual Deus-realizado que possa ensiná-lo individualmente e que possa também protegê-lo do ataque das forças ruins.
Para ser franco com você, neste exato momento existem quatro forças que o estão atacando constantemente. Por favor, seja muito cauteloso com essas forças. Elas já estão pairando ao seu redor. E não são bondosas. São forças não-divinas. Por um lado, as suas faculdades psíquicas estão sendo reveladas, ou estão a ponto de serem reveladas; por outro lado, existem forças, forças negativas que estão tentando destruí-lo. Procure buscar em seu interior profundo. Clame interiormente pela proteção de Deus e pela iluminação de Deus, e as quatro forças o deixarão. Elas estarão fadadas a deixá-lo.
Desde o início dos tempos, essa palavra foi usada e reusada, recebendo uma enorme força e significado profundíssimo. Não estou falando da iniciação num aspecto mais secular, como iniciação científica ou iniciação a uma certa prática, ou realizar algo pela primeira vez. A iniciação espiritual é:
Quando você estabelece uma conexão viva com o seu Mestre
Quando o seu Mestre estabelece uma conexão viva com você
Quando você está desperto e aceita a vida espiritual como o propósito da vida
Todos os três são sinônimos. Se você aceita a vida espiritual, foi o seu Mestre quem o inspirou e deu forças para tanto, mesmo que você nem saiba que tenha um Mestre. Igualmente, se encontrou o Mestre, é porque está desperto e aceitou a vida espiritual como o seu propósito na vida. O Mestre verdadeiro não lhe aceitará se não estiver pronto, pois ao aceitá-lo ele está fazendo uma promessa solene de que o levará até a meta final – apenas quem estiver pronto para essa jornada conseguirá chega lá. Disse o famoso ditado:
“Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece.”
Essa hora é quando tudo na sua vida muda. Eu disse tudo. Quando você muda, todas as coisas mudam. Se você enxergar perfeição dentro de si, verá perfeição no exterior também. Tal é a beleza da vida espiritual.
O significado da iniciação
Primeiro, a iniciação não é necessariamente preto ou branco, sim ou não. Você pode ir gradualmente se abrindo, se descobrindo, até que percebe um ponto onde está “mais para lá do que para cá”. Quando chega esse ponto, podemos dizer que a iniciação ocorreu.
Quando você está iniciado (como você já viu, poderá nem ter certeza se é ou não iniciado), a conexão que tiver com o seu Mestre, com a sua vida espiritual, com a sua alma, será forte o suficiente para fazer com que o seu progresso adquira uma velocidade inigualável. O próprio Mestre poderá entrar em você e desobstruir os pontos de estagnação na sua busca espiritual, se você mantiver a porta do seu coração aberta.
Ao fim do artigo deixei o texto mais bonito que conheço sobre a iniciação. Lá, você pode ler mais sobre o significado da iniciação.
O início e o fim da jornada, e um pouco mais
Uma vez iniciado, basta seguir fielmente as instruções do seu Mestre. Mas saiba que as instruções não são simplesmente conjuntos de procedimentos exteriores. Um Mestre verdadeiro ensina em silêncio primordialmente. Você precisará desenvolver o seu amor, devoção e entrega ao Divino, ao máximo. Precisará ter autoconhecimento, devoção à causa suprema e agir de forma incondicional e perfeita. Precisará de paciência e velocidade. Se sua velocidade for muito grande, ainda assim poderá levar mais de uma vida para que a sua iniciação floresça até o resultado final, a perfeição completa. O seu Mestre é o molde. Você tenta se assemelhar a ele, não como uma cópia, mas como a argila inserida na forma. Ela toma o formato utilizado do objeto desenhado, mas mantém uma leve característica própria. Assim, tendo entregue toda a sua essência à Forma Divina, poderá agir com a sua individualidade aperfeiçoada no mundo. Essa é a consumação da iniciação – quando você mesmo alcançou a perfeição e pode tomar parte em tornar o mundo perfeito também.
Uma experiência de iniciação
Contarei uma experiência que eu poderia fazer referência como, de certa forma, um dos marcos para a minha iniciação (pois houve mais de um). Não costumo contar minhas experiências interiores, até porque não costumo ter nenhuma experiência muito extraordinária para contar, mas essa é uma das coisas que gosto de contar nos cursos de meditação, então escreverei aqui também.
Já estando no Caminho de Sri Chinmoy por cerca de 4-6 meses, um dia tive um sonho consciente (que é algo raro para mim). Eu estava numa espécie de boate, com música, bebidas, mulheres, fumaça, etc. Era um lugar realmente desagradável. Se eu acordasse num lugar desses hoje em dia, teria saído imediatamente. Mas era um sonho. Lá, as pessoas me ofereciam coisas como álcool, as mulheres se colocavam disponíveis para relacionamentos, etc. Mas eu recusava tudo. Depois de um tempo, as pessoas desistiram de tentar me atrair. Nessa hora eu pensei “Agora posso ir embora.”
Saindo do prédio, eu estava num deserto de terra. Eu vi uma rodovia em frente e, nela, vi um colega discípulo de Sri Chinmoy, o Nandika, correndo pela estrada. Eu me juntei a ele. Fomos correndo pela estrada por um tempo, até que chegamos numa parte que tinha um acostamento, também de terra. Ao parar de correr e olhar para a frente, me deparei com uma surpresa: o meu Mestre, Sri Chinmoy.
Ali estava o Meste, juntando humildade e magnificência numa mesma presença. Ele estava inteiro de uma cor de cobre, algo entre o laranja e o dourado. Não só a roupa, mas a pele, os olhos, os dentes, tudo era de um material só. O interessante é que as estátuas de Sri Chinmoy, inauguradas a partir de 2008, são bem parecidas!
Com o Nandika do lado, ele chegou bem perto de mim, bem perto mesmo, a uns trinta centímetros do meu rosto. Ele parou, deu uma volta ao meu redor caminhando (eu fiquei congelado no lugar!), deu uns passos a mais e virou para mim, bem sério:
“Quem é o seu Mestre!?”
“É você, Guru!”, eu disse, pois é óbvio. Como se ele mesmo não soubesse, né?
O Guru sacudiu a cabeça com força, em negação. Eu falei:
“Eu SEI que é você.”
O Guru meneou a cabeça, inclinando-a pros lados, o que entendi claramente como “Sim, essa é a resposta certa, mas eu não quero ouvir dessa forma.” Na hora entendi o seu intuito. Eu disse:
Ele deu uma gargalhada muito alegre e satisfeita, demonstrando claramente que estava feliz com a resposta e que eu realmente tinha entendido a sua filosofia. O sonho acabou. Acordei (felizzz!!!)
Eu gosto de contar essa experiência porque todos os seus momentos possuem um significado bem claro na vida espiritual, pelos quais acredito que todos os buscadores passam algum dia:
Estar numa situação de vida que não condiz com a sua busca (a boate)
Deixar de lado ou perder o gosto por coisas que atrasam o nosso progresso espiritual (álcool/drogas, música emocional, relacionamentos superficiais)
Sair sozinho sem saber exatamente aonde vai (sair da boate sem saber o que teria lá fora)
Encontrar a estrada no meio do deserto, que você sabe que leva até a meta (encontrar a rodovia)
Reconhecer e se inspirar com seus irmãos discípulos de caminho espiritual (encontrar o Nandika já correndo na estrada)
Deparar-se com o Mestre e reconhecê-lo, assim como ele o reconhece e, ainda, ter dentro de si como algo natural os pontos principais da sua filosofia (o teste “Quem é o seu Mestre!?”)
Acordar e seguir em frente! (foi isso mesmo!)
Abaixo eu separei um texto muito, muito especial, onde Sri Chinmoy comenta sobre quem está querendo ser iniciado e quais os passos ou graus. Leia até o fim.
Se você sente que ao aceitar um Mestre estará evitando as próprias responsabilidades, está enganado. Dessa forma estará separando-se do seu Mestre. Aqueles que são meus discípulos muito devotados não se sentem estranhos. Eles sentem sua unicidade comigo, sentem que tenho mais capacidade que eles e, então, identificam sua pouca capacidade com a minha capacidade maior. Quando entram em minha capacidade, sentem que estão entrando em suas próprias capacidades, porque dentro de mim, veem todo o amor e cuidado.
Somente sentindo a sua unicidade com o Mestre é que poderá fazer progresso real. Sentindo-se um estranho ou um intruso no coração do Mestre, ou mesmo pensando ser apenas um convidado, nunca terá sucesso na vida espiritual. Quanto tempo poderá ficar na casa de um amigo como convidado? Apenas alguns dias ou um mês, e então terá de ir embora. Mesmo sentindo que vem como amigo, ainda assim deverá partir. Mas, se sentir que a casa dele é a sua casa, então estará seguro, eternamente seguro.
Quando o discípulo e o Mestre se sentem seguros um no coração do outro, a hora da iniciação está próxima. Quando o Mestre inicia alguém, ele dá à pessoa uma porção de seu alento-vida. Na ocasião da iniciação, o Guru faz uma promessa solene ao buscador e ao Supremo de que dará o melhor de si para ajudar o buscador na sua vida espiritual, que oferecerá seu coração e sua alma para conduzir o discípulo até a mais elevada região do Além. O Mestre diz ao Supremo: “A menos e até que eu tenha levado esta criança até Ti eu não a deixarei, meu jogo não estará terminado.” E ao discípulo: “De agora em diante, pode contar comigo; pode considerar-me como muito seu.”
Na hora da iniciação, o Mestre realmente assume as abundantes imperfeições do discípulo, tanto desta quanto das encarnações passadas. Certamente, há Mestres espirituais verdadeiros e sinceros e, também, os falsos. Aqui, refiro-me aos verdadeiros. Alguns Mestres que são muito sinceros somente iniciam um discípulo por mês. Após a iniciação, ficam doentes e sofrem terrivelmente, porque assumiram verdadeiramente as imperfeições do discípulo. Todavia, existem alguns Mestres espirituais capazes de iniciar muitos discípulos, sem sofrimento, porque têm a capacidade de lançar na Consciência Universal as imperfeições que retiram deles. Mas também há alguns falsos Mestres que iniciam cinquenta, sessenta ou cem discípulos de uma vez, ou que iniciam por procuração. Esse tipo de iniciação em massa é uma grande ilusão.
O Guru pode iniciar o discípulo por vários meios. Pode fazer a iniciação à tradicional maneira indiana, enquanto o discípulo medita. Também pode iniciar enquanto o discípulo dorme ou mesmo em sua consciência normal, mas calmo e tranquilo. O Guru pode iniciar o discípulo simplesmente através dos olhos. Ele olha para o discípulo e imediatamente este é iniciado – mas ninguém fica sabendo. Um Mestre também pode proceder à iniciação física, que é pressionar a cabeça ou o coração ou qualquer parte do corpo do discípulo. Nessa ocasião, ele tenta fazer a consciência física sentir que a iniciação ocorreu. Mas junto com essa ação física, o Guru iniciará o discípulo de uma forma psíquica. O Guru vê e sente a alma do discípulo, agindo sobre ela. A iniciação também pode ser feita através de processos ocultos ou num sonho. Se não houver Mestre espiritual disponível na época, o próprio Deus pode tomar uma forma humana muito luminosa no seu sonho ou durante sua meditação e Ele próprio pode iniciar você. Mas isso é muito raro. Na maioria dos casos, a iniciação é feita por um Mestre.
Meus discípulos não precisam pedir-me para iniciá-los exteriormente, porque eu sei o que é melhor para eles; isto é, eu sei quando ou não a iniciação exterior vai acelerar seu progresso interior. Frequentemente, eu inicio meus discípulos através de meu terceiro olho, que percebo ser o modo mais convincente e efetivo. Muitos já viram meus olhos quando estou em minha consciência mais elevada. Nessas ocasiões, meus olhos humanos tornam-se um com meu terceiro olho. Estes dois olhos comuns então recebem infinita Luz do terceiro olho, e a Luz proveniente dos meus olhos divinamente radiantes entra nos olhos do aspirante. Imediatamente, a Luz entra no corpo todo do aspirante e o permeia da cabeça aos pés. Então, vejo a Luz, a minha própria Luz, a Luz do Supremo, brilhando na ignorância do discípulo, e aquela ignorância oferece sua gratidão. Ela diz: “Agora que me tornei sua, agora que o senhor me fez sua, serei sua para sempre.” Nessa ocasião, torno-me responsável por iluminar a ignorância do discípulo e o discípulo se torna responsável por ajudar-me a manifestar o Supremo na Terra.
Apenas porque eu o iniciei, não significa que poderá iniciar alguém mais. Não é como se eu lhe contasse uma Verdade que agora pode contar a mais alguém. Frequentemente, ouço que um Mestre iniciou alguém, e o discípulo segue iniciando outro, e então este prossegue para outro mais – como descendentes de uma família. Esse tipo de iniciação não tem valor algum. A verdadeira iniciação tem de ser feita por um Mestre Deus-realizado; não pode ser feita por procuração. Se um Mestre tem o poder espiritual de iniciar um discípulo diretamente no plano oculto, não há problema. Mas, se diz que pode iniciar alguém através de um discípulo que ainda é um iniciante, esse tipo de iniciação é um absurdo. Quando pessoas nos Estados Unidos dizem que foram solicitadas a iniciar outras por seu Mestre espiritual na Índia, então não se trata mesmo de iniciação; é só ilusão. A iniciação tem de ser feita diretamente por um Mestre, no plano físico ou nos planos interiores.
Quando o Guru inicia um discípulo, ele o aceita sem reservas e incondicionalmente. Mesmo se o discípulo parte após a iniciação, pensando mal do Guru, o Guru atuará em e através desse discípulo para sempre. O discípulo pode até ir a outro Guru, mas o Guru que o iniciou sempre ajudará aquele buscador no mundo interior. E, se o novo Guru é suficientemente nobre, permitirá que o Guru original aja em e através do discípulo. Embora a conexão física com o Guru original esteja cortada, e fisicamente o Guru não veja o discípulo, espiritualmente ele está fadado a ajudá-lo, pois fez uma promessa ao Supremo.
Mesmo se o discípulo não buscar outro Guru, mas simplesmente sair do caminho da Verdade, ainda assim, seu Guru original tem de manter a promessa. O discípulo pode sair do caminho espiritual por uma encarnação, duas ou mesmo muitas encarnações, mas seu Guru – esteja ele encarnado ou nas regiões superiores – constantemente olha pelo discípulo e espera pela oportunidade de ajudá-lo ativamente, quando ele uma vez mais retornar ao caminho espiritual. Na verdade, o Guru é sinceramente desapegado, mas como fez uma promessa ao discípulo e ao Supremo no discípulo, ele espera indefinidamente por uma oportunidade de conduzir o discípulo para a Meta.
Alguns dos meus discípulos que em algum momento seguiram meu caminho com toda a sinceridade também me deixaram com toda a sinceridade. Mas, se eles são meus discípulos no mundo interior, se eu já os havia aceitado e eles eram meus discípulos verdadeiros, então gostaria de dizer que não os esqueci. Eles podem levar uma, duas, cinco ou seis encarnações para retornarem à vida de aspiração, mas não importa quanto tempo levem, eu os ajudarei nas suas marchas em direção à Deus-realização.
Devido à promessa que fiz à alma do meu discípulo e a Deus, sou mais responsável por meu discípulo do que ele próprio. Mas, quem me permite assumir essa responsabilidade? É o discípulo! Estou à mercê dos meus discípulos. Agora mesmo, Deus é uma ideia vaga para eles, de modo que hoje podem me aceitar e amanhã podem me deixar. No plano exterior, o discípulo pode me deixar, mas, enquanto o Supremo desejar que eu me concentre naquela pessoa e envie Sua Luz para aquela pessoa, eu tenho de fazê-lo. Após deixar nosso caminho, o discípulo pode seguir algum outro caminho ou mesmo nenhum. Mas, uma vez que eu aceite alguém, a menos e até que o Supremo me diga que aquela pessoa está em outras mãos, eu sou responsável por ela.
Eu digo aos meus alunos, “Estou pronto para assumir todos os seus problemas, desde que você esteja pronto para sentir que é por mim e apenas por mim. Se sua dedicação fica dividida aqui e ali, nesse e naquele grupo, e se vem meditar no nosso Centro só de vez em quando, então, mesmo que diga que eu sou o seu Mestre, você me tornou impotente para fazer algo por você. Se verdadeiramente me der a sua completa existência, interior e exterior, somente então poderei fazer algo por você. É na força da minha total unicidade com você e na sua aceitação de mim que eu posso assumir os seus problemas.”
Quando um Mestre da maior grandeza diz que você tem uma relação eterna com ele, ele está falando pela força da sua absoluta unicidade com o Supremo e com a sua alma. Ele sabe que você estará sempre sob sua orientação interior. E quando realizar o Altíssimo, verá que a suprema Consciência que realizou é a mesma Consciência que o Mestre representou na Terra. Um verdadeiro Mestre espiritual incorpora a infinita Consciência do Supremo e a representa na Terra.
Quando o Mestre fala de uma relação eterna, trata-se de uma relação de aceitação mútua. O Mestre não diz, “Quer você esteja consciente disso ou não, eu manterei minha eterna conexão com você e seremos eternamente um.” Não, se o Mestre tem verdadeiramente a capacidade de estabelecer essa eterna relação com o discípulo, então ele também tem a capacidade de fazer o discípulo sentir que ele o fez. O Mestre oferece essa mensagem para a alma do buscador, e o buscador sente que sua conexão interior com seu Mestre durará para sempre. Então, com sua extrema doçura, carinho, compaixão, gratidão e orgulho, o Mestre aceita o discípulo de todo o coração e permanentemente. E o discípulo tem o mesmo sentimento pelo Mestre; ele sente que seu Mestre não é uma entidade separada, mas sim ele mesmo, o próprio discípulo. Ele sente que o mais elevado, o qual chama de Mestre, é sua própria parte mais iluminada. Quando tem esse tipo de sentimento, essa espécie de realização, então a relação eterna entre Mestre e discípulo poderá ter o seu início.
A relação eterna entre o Mestre e o discípulo possui relevância somente no caso de um Mestre realizado. Se o Mestre não é completamente realizado, então está só enganando o discípulo. Há muitos Mestres que não realizaram Deus e ainda assim dizem, “Oh, nós temos uma eterna conexão. Tomarei conta de você, mesmo após eu ter deixado o meu corpo.” Quando esse tipo de Mestre deixa o corpo, o discípulo poderá chamar por seu Mestre constantemente, mas não obterá resposta. Mesmo no plano físico esse tipo de Mestre é sem utilidade. Ele só pode fazer falsas promessas.
O principal objetivo da iniciação é trazer a alma à tona. Se não há iniciação, a purificação do corpo, do vital, da mente e do coração nunca poderá ser completa. Se não há iniciação, a Meta altíssima nunca poderá ser realizada. Os que são próximos de mim sentiram o real florescimento de suas iniciações no momento que, do fundo do coração, dedicaram ao Supremo em mim suas vidas por completo – corpo, vital, mente, coração e alma. Esse florescimento da iniciação é verdadeiramente mais do que iniciação. É a revelação da própria divindade interior dos discípulos. Nesse momento, eles sentem que eles e seu Guru se tornaram totalmente um. Sentem que seu Guru não possui existência sem eles e que eles não têm existência sem seu Guru. O Guru e o discípulo se completam mutuamente e sentem que essa satisfação vem diretamente do Supremo. E o maior segredo que o discípulo aprende do Guru é que somente satisfazendo o Supremo primeiro pode ele trazer plenitude ao resto do mundo.
Como pode o Guru satisfazer ao Supremo? O Guru faz a sua parte assumindo a ignorância, imperfeição, obscuridade, impureza e indisposição do discípulo, conduzindo-as com fé e devotadamente ao Supremo. O discípulo satisfaz ao Supremo permanecendo constantemente no barco do Guru e no mais profundo recesso do coração dele, sentindo que existe somente para a satisfação divina de seu Mestre. Satisfazê-lo, manifestá-lo: essa é a única razão, o único propósito, o único significado da vida do discípulo.
*
O Guru não é o corpo. O Guru é a revelação e manifestação de um Poder divino sobre a terra.
*
Encontrar Deus sem um intermediário
Pode não ser impossível,
Mas é certamente a mais ambiciosa
Empreitada montanha-escalada.
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Você recebeu alguma ajuda para aprender o alfabeto? Requisitou um professor para ajudá-lo a aprimorar-se em seu instrumento musical? Recebeu instrução para capacitar-se a receber o seu diploma? Se precisou de quem o ajudasse a fazer essas coisas, também não necessitará de um professor que possa guiá-lo no conhecimento do Divino – a sabedoria do Infinito? Esse professor é o seu Guru e ninguém mais.
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O Guru e o discípulo devem se testar docemente, seriamente e perfeitamente antes da aceitação mútua. De outro modo, se errarem na escolha, o Guru terá de dançar com o fracasso e o discípulo com a perdição.
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O que significa a aceitação do discípulo por um Guru? Significa que o Guru viverá alegremente no mundo de dourado sacrifício.
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A suprema iniciação é quando o Mestre diz ao discípulo, “Tome o que eu tenho”, e o discípulo diz ao Mestre, “Tome a mim como eu sou.”
Eu já desisti de ouvir opiniões de especialistas, pesquisas, revistas, médicos e etc sobre as possíveis vantagens e desvantagens de ser vegetariano (aqui você pode ler uma página sobre a dieta vegetariana para pessoas que possuem uma busca espiritual). A cada dia há uma novidade que é contraditória à novidade de ontem. Eu sou vegetariano há 13 anos e corro ultramaratonas, assim como a maior parte dos meus amigos.
Seguem alguns, com variações individuais (ou seja, alguns possuem mais B12, outros bem menos): cogumelos, algas (de sushi, temaki, chlorella, etc), fermentados como repolho, kimchi, etc, ovos, leite, queijo, pão (por causa do fermento biológico), legumes orgânicos (adubados com esterco), chás orientais, sementes fermentadas (tempeh, tofu, soja, natto). Lembre-se também que a B12 é uma vitamina que é reciclada no nosso próprio corpo.
Ele também tem as referências bem à mão e mostra sobre diversos tópicos. Eu só li um abstract que fala sobre 54 monjas budistas (dieta sem leite, ovos, cebola, alho, etc) que tem o nível normal de B12, assim como 31 freiras católicas e 31 estudantes universitárias que ingerem carne.
Sem falar que a meditação em si nos traz uma nutrição espiritual palpável e insubstituível.
O intuito é compartilhar dicas, experiências e um estilo de vida que possa nos auxiliar com o autodescobrimento e satisfação verdadeira. Frequentemente percebemos que as conquistas mais superficiais que temos no nosso dia a dia não trazem um sentimento de plenitude duradoura. Por isso, mergulhemos fundo para alcançá-la!
Por sinal, começamos um site de meditação na Coréia há pouco tempo. 전주 명상 프로그램.
O príncipe Sidarta concentra-se no inimigo desejo, para solucionar o sofrimento humano e profetiza que “a semente do sofrimento é o desejo”. Isso dá origem a outro questionamento mental. Como vencer o desejo sem desejar? O príncipe tentou resolver esse enigma e após muitas frustrações e sofrimentos, descobriu o ABC do caminho espiritual. O A ele descobre com a “concentração” no desejo, o B quando descobre a “meditação”, que vai além das dualidades do desejar e do não desejar. Finalmente no C, descobre a ”contemplação” que é quando o príncipe contempla o Buda, o Nirvana, a iluminação, a realização e assim por diante. O príncipe Sidarta troca o seu título terreno por um título divino, nos ensinando o “caminho do meio”, evitando os excessos, as extremidades, sendo moderado inclusive nas moderações, para encontrar dentro de si a realização.
O nosso caminho espiritual é o caminho de amar a Deus, mas gosto de citar os mestres e sábios realizados, pois eles são sempre bem vindos para alimentar a nossa inspiração e aspiração. Abaixo uns versos de homenagem ao sábio Buda:
Estamos oferecendo um curso gratuito de meditação para crianças e adultos em São Paulo. Se tiver interesse em saber mais ou participar, acesse a página
baseado nos exercícios de meditação de Sri Chinmoy, do livro Meditação: Perfeição-homem na Satisfação-Deus
1) RESPIRE TRÊS VEZES BEM DEVAGAR 2) IMAGINE UMA FLOR NO SEU CORAÇÃO POR ALGUNS SEGUNDOS 3) RESPIRE QUATRO VEZES BEM DEVAGAR 4) IMAGINE QUE ESTÁ BRINCANDO NUM JARDIM CHEIO DE FLORES E COISAS BONITAS 5) RESPIRE CINCO VEZES BEM DEVAGAR 6) IMAGINE QUE ESTÁ BRINCANDO NUMA PISCINA COM ÁGUA PRATEADA, MUITO BONITA 7) RESPIRE SEIS VEZES BEM DEVAGAR 8) IMAGINE QUE ESTÁ NAVEGANDO NUM BARCO DOURADO EM DIREÇÃO A UMA PRAIA MUITO LINDA, E QUE TUDO AO REDOR É MUITO BONITO E LUMINOSO – NUVENS, MAR, PRAIA, BARCO E VOCÊ TAMBÉM 9) RESPIRE SETE VEZES BEM DEVAGAR 10) IMAGINE QUE VOCÊ ESTÁ SORRINDO, UM SORRISO MUITO BONITO. PRONTO, ACABOU!
Um guia para pais e filhos
Este livro ensina como os pais podem compartilhar a meditação com os filhos, aspectos educacionais, ABCs da meditação para adultos e crianças e mais. Também possui uma seção de leituras para crianças.
“Para a meditação, ela deve se sentar e ficar tranquila e em silêncio. Quando estiver assim, imediatamente ela sentirá que está meditando. Essa ação concreta a levará a algo que é abstrato. Você pode ensinar uma criança através de ações exteriores, mas não deixe de enfatizar o sentimento interior. Quando começar a sentir alegria, paz e amor, gradualmente ela se tornará a alegria, paz, amor e tudo o mais que estiver sentindo. E quando sente algo, como aquilo pode permanecer abstrato?”
Sri Chinmoy
Meditação para crianças
artigo por Patanga Cordeiro, baseado nos ensinamentos de Sri Chinmoy
Se você quiser explicar meditação para uma criança pequena, não tente explicar apenas com o físico. Diga a ela que a oração é algo totalmente diferente de simplesmente ficar de mãos postas e olhar para cima. Diga a ela que a oração é algo que acontece no interior. Mas, se ela quiser enxergar ou sentir isso, precisará ficar de mãos postas. Você pode explicar para uma criança que a oração é algo que ela sentirá quando colocar as mãos postas e falar com Deus. Então, quando ela juntar as mãos e sentir algo no interior – seja reverência, amor, doçura ou suavidade -, a oração não lhe será mais algo abstrato. Será uma realidade.
Para a meditação, ela deve se sentar e ficar tranquila e em silêncio. Quando estiver assim, imediatamente ela sentirá que está meditando. Essa ação concreta a levará a algo que é abstrato. Você pode ensinar uma criança através de ações exteriores, mas não deixe de enfatizar o sentimento interior. Quando começar a sentir alegria, paz e amor, gradualmente ela se tornará a alegria, paz, amor e tudo o mais que estiver sentindo. E quando sentir algo, como aquilo pode permanecer abstrato?
Muitas vezes, a idéia de ensinar meditação às crianças vem de um desejo de solucionar uma situação exterior – inquietação, falta de atenção, TDAH, etc. Mas já sabemos da medicina que os remédios não curam doenças. Eles removem os sintomas, e o corpo, quando tiver forças, irá transformar a causa da doença.
Com a meditação é igual. Os problemas do ser humano (sejam adultos ou crianças) vêm de dentro dele mesmo. Se ele estiver disposto a lutar e transformar essas situações, naturalmente isso se refletirá no mundo ao seu redor – incluindo, talvez, as suas crianças e filhos.
Na prática: como começar
No início, o melhor é deixar primeiro que elas o vejam meditar. O coração espiritual das crianças é mais disponível do que o dos adultos em geral e, por isso, ela vai aprender a meditar rapidamente ao observar você praticando. Se ela conseguir ficar quieta, deixe que ela fique sentada com você durante a sua meditação. Mas simplesmente ver você diariamente meditar já será um começo.
Ensinando as crianças através do exemplo é justamente como quando você quiser ensinar qualquer coisa a alguém – desenhar, escrever ou meditar -, você mesmo precisa fazer aquilo. Se disser às crianças que “eu não preciso, mas você precisa” ou “eu posso fazer, mas você não pode”, isso não irá instigar confiança nelas. É como se você estivesse vendendo algo que não compraria.
Um exercício super simples para crianças
Para a meditação, ela deve se sentar e ficar tranquila e em silêncio. Quando estiver assim, imediatamente ela sentirá que está meditando. Essa ação concreta a levará a algo que é abstrato. Você pode ensinar uma criança através de ações exteriores, mas não deixe de enfatizar o sentimento interior. Quando começar a sentir alegria, paz e amor, gradualmente ela se tornará a alegria, paz, amor e tudo o mais que estiver sentindo. E quando sente algo, como aquilo pode permanecer abstrato? – Sri Chinmoy
Para crianças muito pequenas: oração ou meditação?
Quando as crianças ainda são muito pequenas, o melhor é ensinar primeiro a oração. Ensine-as a orar, a sentir Deus como alguém muito próximo, a quem elas podem sempre recorrer. Alguém tão próximo que mora dentro do coração delas. Não tente explicar Deus como um homem velho que mora num lugar distante. Essa é a explicação de uma mente adulta que se acredita responsável por si própria. Uma criança deve enxergar Deus como uma criança, um amigo que mora no seu coração e virá brincar com ela.
Meditação na sala de aula – ensinando as crianças e alunos a meditar
Recentemente conversei com um professor do ensino fundamental nos Estados Unidos, que é meu amigo e pratica a meditação há décadas. Perguntei a ele sobre a sua experiência em ensinar crianças a praticar meditação, e ele deu as dicas a seguir.
As crianças sabem meditar – as crianças tem um coração muito espontâneo, então não precisam de técnicas complicadas. Elas só precisam de um pouquinho de silêncio.
Para isso, basta propor que todos ficarão de olhos fechados por um minuto (ou mesmo 30 segundos), sem se mexer. O simples fato de estarem se esforçando para ficarem quietas já é um exercício de concentração em si.
Pode ajudar também fazer disso um tipo de desafio – quem vai conseguir ficar 30 segundos sem se mexer, sem falar, sem rir?
Mais temas
Faça-as sentir felizes
Às vezes as pessoas podem perguntar se TDAH tem cura, se déficit de atenção tem solução. Se podem fazer relaxamento para as crianças pararem de brincar ou colocar músicas para dormir. Mas isso é em primeiro lugar para o descanso dos pais e próximos, e não para o bem das crianças.
O que uma criança precisa saber é que ela é um ser bom e divino. Explique que, como Deus, também ela está destinada a ser divina e bela. Isso fará com que ela se sinta feliz, e possivelmente amada e segura. Isso abrirá portas interiores para que a luz do seu coração e alma venha à tona e tente transformar quaisquer imperfeições do interior.
Quando ensinar meditação? Com que idade ensinar a meditar?
Os verdadeiros pais ensinam antes de elas perguntarem – Às vezes também as pessoas podem se questionar sobre quando se deve falar sobre espiritualidade com as crianças. A resposta é bem simples: o quanto antes. Se você pensa que a criança deve primeiro crescer para depois escolher que forma de espiritualidade ela seguirá, talvez cresça desacostumada de qualquer coisa e nunca tenha interesse. O nosso dever é sempre fazer o melhor que está ao nosso alcance e de acordo com a nossa melhor compreensão. Se a criança crescer e quiser mudar, então ela terá a maturidade suficiente para escolher o que sente melhor para si nessa hora.
Textos de Sri Chinmoy sobre as crianças
Is God our Father?
Sri Chinmoy: God is our Father if we love our father more than we love our mother. God is our Mother if we love our mother more than we love our father. But if we love our father and mother equally, then God is both our Father and Mother.
As cores têm diferentes significados. A cor prateada por exemplo, tem um significado especial, que é aplicável em todos os campos. Prateado significa pureza. Quando vir essa cor durante a meditação, saiba que alcançou um grande progresso na sua vida em termos de pureza. Ao ver a cor prateada, saiba que a sua mente, o seu vital e a sua consciência-corpo estão se tornando puros. Isso também se aplica quando vê a cor prateada na arte.
O buscador sincero pode se concentrar e meditar nessas cores [no livro de Sri Chinmoy, Colour Kingdom – Reino da Cor – que dá a qualidade espiritual associada a várias cores diferentes] para acessar as qualidades que as cores incorporam. A cor que irá lhe ajudar a trazer à tona a qualidade da qual está carente nesse momento é a cor certa para se concentrar. Você mesmo tem que fazer a escolha. A cor que lhe der a maior alegria ou alegria imediata ou a cor com que sentir que tem afinidade, é aquela que você escolherá, naturalmente. Se puser algumas das cores à sua frente, e uma delas o puxar como um ímã, essa é a cor para você – para a sua realização e manifestação.
Você vê cores diferentes durante várias meditações porque cada cor tem um significado próprio. O seu ser interior quer ser alimentado a toda hora com alimentos diferentes. Assim como existe a comida terrena, também há a comida Celestial. Essa comida é cor, luz e etc. Você não come a mesma comida todos os dias. Aqui, o ser interior quer ser alimentado por uma comida em particular. Ele escolhe a cor como um tipo de alimento. Você escolhe apreciar uma variedade de cores ou a mesma cor novamente. Fica a seu critério como satisfazer a si próprio.
Qual o significado de ver cores num sonhos?
Cada cor tem um significado espiritual. Num sonho você pode não enxergar ninguém ou ouvir quaisquer palavras; talvez só veja lampejos de luz. Quando ver luz nos seus sonhos, saiba que essa luz entrará em você e se manifestará em e através de você. Quando você conhecer o significado dessa luz, imediatamente será capaz de interpretar esses sonhos.
Ao ver uma cor branca pura no seu sonho, saiba que a pureza divina e consciência divina da Mãe estão entrando em você. A Mãe Universal possui todas as cores, mas a luz branca pura é a Sua cor predileta, e é através dessa cor que Ela Se manifesta. Portanto, a sua consciência virá como uma luz branca pura.
De forma parecida, se ver uma cor azul pálida, saiba que ela indica Infinidade, espiritualidade e grande poder. O verde significa nova vida, vitalidade e dinamismo. Ver luz verde quer dizer que uma nova vida despertou. Quando vê a cor vermelha, saiba que o poder divino está entrando em você.
Qual o significado espiritual de sonhar em cores e sonhar em preto e branco?
Sonhar em cores representa as diferentes fases da vida, diferentes tipos de consciência na vida da pessoa, sejam elas progressivas ou destrutivas. Sonhar em preto e branco significa a união da escuridão e da luz, da noite e do dia, das forças destrutivas e das forças positivas e construtivas.
Vendo luzes e cores durante a meditação
P: Em diferentes ocasiões vi luzes vermelhas, azuis e brancas durante algumas meditações. Você poderia explicar qual é o significado de cada uma delas?
R: O vermelho é o aspecto dinâmico de Deus. Representa o poder divino que você está vendo em seu próprio interior. Quando o poder da divindade entra na sua existência, você fica com energia.
O branco é a cor da pureza. Ele representa a consciência da Mãe Divina. Ao ver a cor branca ao seu redor, você sente que a sua existência física inteira está inundada de pureza, da ponta dos pés até o topo da cabeça.
Quando você vê uma cor azul clara, isso significa que a Infinidade está entrando na sua consciência aspirante. Você não consegue compreender a Infinidade com a sua mente. A mente imaginará uma grande distância, aumentará ela um pouquinho mais e parará por aí. Mas a Infinidade aumenta continuamente. Ao ver a cor azul, tente sentir que a sua consciência está se expandindo na Infinidade, e que a Infinidade está entrando na sua consciência aspirante.
P: Eu costumava ver e sentir uma luz dourada ao redor do meu coração, mas não consigo mais. Como posso recuperar essa presença maravilhosa?
R: Quando essa luz dourada – que é a luz da manifestação divina – toca a Terra, talvez ela não consiga permanecer por muito tempo. Se ela sentir que não pode permanecer no coração porque ele não é puro o suficiente, ela retrocederá. Entretanto, quando o coração é puro, essa luz funciona primeiro na região do coração. Depois ela se dirige ao vital e ao físico.
Recuperar a presença visível da luz não é necessário. Se você quiser seguir um caminho espiritual, não é a luz que você quer – é o constante cuidado de Deus por você, o verdadeiro amor e bênçãos Dele. Quando você tem o cuidado do Supremo, ele pode assumir a forma de luz, paz, poder ou qualquer outra qualidade divina.
Quando um iniciante enxerga uma luz, ele sente que está progredindo de modo extraordinário. Até certo ponto, é verdade. Se Deus lhe mostrar alguma luz, certamente você ficará inspirado a mergulhar profundamente no mar da espiritualidade. Porém, se Deus sentir que você precisa de paz e não de luz, Ele agirá através de você de uma maneira diferente.
Você quer readquirir a presença maravilhosa da luz. Mas não terá uma maior satisfação ao ver essa luz, porque não estará satisfazendo a Deus à maneira Dele. A sua meta mais elevada é agradar a Deus do Seu próprio modo. Quando Deus lhe proporciona uma experiência, você deve ficar extremamente grato a Ele. E quando Ele não lhe oferecer uma experiência, você deverá ficar igualmente grato, porque Ele sabe o que é melhor para você. Compete a você meditar com toda a alma, e compete a Ele lhe conceder luz, paz ou poder. Deus lhe oferecerá o que Ele tem e o que Ele é, se você oferecer a Deus o que você tem e o que você é. O que você tem é ignorância, e aspiração é o que você é. Portanto, peço que você agrade a Deus à maneira Dele e não se importe com as coisas que você teve uma vez e de que agora sente falta.
As cores dos chakras
O chakra raiz, ou a lótus muladhara, tem quatro pétalas, que são vermelho e laranja na sua coloração. O chakra do baço, svadhisthana, tem seis pétalas. As pétalas são laranja, azul, verde, amarelo, violeta e vermelho-sangue. Vermelho-sangue é a cor mais protuberante neste chakra. O chakra do umbigo, manipura, tem dez pétalas. Elas são rosa, laranja e verde, mas primariamente verde. O chakra do coração, anahata, tem doze pétalas. Aqui a cor é brilhante dourada. O centro da garganta, o vishuddha lótus, tem dezesseis pétalas. Azul e verde são as cores. Mas dentro de cada pétala há quarenta e oito pétalas. Aqui a cor é rosa. O centro da coroa, sahasrara, tem 1000 pétalas, ou mais preciso, 972. Tem todas as cores, mas a cor violeta é predominante.
Azul: a cor da paz
Entre as cores, azul é a melhor para invocar a paz, porque azul indica a Infinidade. Quando alguém tem a Infinidade, automaticamente invoca a paz. Cada cor tem paz, mas pode-se invocá-la melhor com o azul.
As cores da aura de um Mestre
Pergunta: Quais são as cores principais da sua aura?
Sri Chinmoy: As cores da minha aura são azul, para elevação espiritual e realização, e dourado para manifestação.
Livro Colour Kingdom
Recentemente descobri um livro muito interessante do autor indiano Sri Chinmoy, Colour Kingdom. Nele, o autor explica sobre as cores e seus significados espirituais. Quero dizer com isso que não seria com uma visão psicológica, compreensível pela mente, mas sim interna, mântrica, do coração e alma. Isso é: não precisamos compreender o significado; devemos mergulhar na essência da qualidade que a cor incorpora. O livro também está disponível em vídeo (legal, né?) com todas as cores representadas nele e um aforismo sobre cada qualidade que a cor simboliza. Link para o significado das cores para assistir, download e compartilhar.
Abaixo deixarei algumas cores das que mais gostei e os aforismos que acompanham elas. A seguir, algums perguntas e respostas sobre o significado espiritual das cores, retiradas também dos livros de Sri Chinmoy. Se tiver interesse, você pode ler o artigo sobre mantras visuais (algo como mandalas).
BELEZA (Rosa)
“Uma vida de dever constante é uma vida de beleza suprema.” (Sri Chinmoy)
CONSCIÊNCIA (Azul Claro)
“O papel da consciência é aprofundar o silêncio e expandir o som.” (Sri Chinmoy)
VITÓRIA (Laranja)
“A vitória do amor humano é confusa. A vitória do amor divino é iluminadora. A vitória do amor supremo é preenchedora.” (Sri Chinmoy)
Esporte e meditação são coisas que, para muitos, são desconexas. Alguns acreditam que estão diretamente relacionados, mas, para alguém que segue a filosofia de Sri Chinmoy, é impossível pensar em um sem praticar o outro. Muitas vezes as pessoas acham que a meditação ajuda no esporte, mas a proposta aqui é de enaltecer exatamente o oposto: que os esportes ajudam na meditação.
Qualquer tipo de esporte pode ser encarado uma meditação, pois é um momento de disciplina e concentração. Neste pequeno relato, manifestarei minha experiência na natação e tentarei mostrar como a meditação e a natação estão ligados.
Em minha mais recente auto-transcendência na natação, tive a oportunidade de nadar 24km no Canal de Bertioga, a Travessia 14-Bis. Foi uma experiência única nadar e ao mesmo tempo procurar meditar. A natação tem uma grande diferença em relação a corrida e ao ciclismo, que são dois esportes que também pratico. Na corrida e no ciclismo, é muito mais fácil de distrair a mente enquanto se pratica. Nessas duas atividades, existe sempre o fator da novidade, pois o atleta passa por diversos lugares, distraindo a mente, e isso faz com que ela não tente derrotá-lo de imediato.
Na natação, ocorre exatamente o oposto. O nadador muitas vezes não enxerga nada, só sabe a direção para onde tem que nadar. Isso faz com que seja um grande desafio mental nadar durante, por exemplo, 5 horas e 27 minutos, que foi o tempo que levei para completar a prova. O fator concentração e meditação é fundamental para que se consiga dominar a mente nesse desafio. Concentrar-se em cada braçada, cada respiração, esvaziar a mente e ter somente pensamentos positivos é a peça chave para o sucesso. Muitas vezes o treinamento mental é tão importante quanto o treinamento físico.
Nadar é algo divertido, mas que exige muita capacidade física e mental. Nas maratonas aquáticas, é algo que coloca o nadador diretamente em contato com a natureza. Esse contato, somado ao desafio físico e mental, fazem das maratonas aquáticas grandes eventos para aqueles que procuram desafios.
A natação de piscina também é algo que exige muita concentração, pois são provas muito disputadas, e qualquer erro pode definir o sucesso ou o fracasso. Na natação de piscina, todos os fundamentos da natação devem ser milimetricamente calculados para se obter êxito. Portanto, se o nadador não estiver totalmente concentrado, pode acontecer de ele não alcançar o seu objetivo – seja ele melhorar o seu tempo ou atingir um índice para alguma competição.
O que a natação e a meditação têm em comum é a concentração. A palavra concentração é o início da meditação. Essas duas palavras tem um grande poder, que não somente o ajudará na sua atividade física, mas que trará grande felicidade na vida espiritual – o atalho para se atingir o contato e unicidade com o nosso piloto interior. Portanto, os esportes são de grande benefício para a vida espiritual, pois ele nos lembra de nossa jornada interior, e nos fornece a disciplina que poderá nos auxiliar em nossas vidas espirituais.
Pergunta: A natação nos ajuda a entrar em uma consciência mais elevada?
Sri Chinmoy: Sim. A natação tem o seu próprio valor simbólico. Eu sempre digo que nós estamos navegando no Barco Dourado, com o Barqueiro Dourado, rumo à Margem Dourada. O significado espiritual da água é consciência. Nós todos estamos ansiosos para estar em uma boa consciência. Sempre que estamos na água, a consciência entra. Então, a natação tem sua própria realidade e divindades especiais. Enquanto estamos nadando, podemos imaginar que estamos atravessando o mar-ignorância em direção ao mar de luz e sabedoria.
Sri Chinmoy, Sri Chinmoy Answers, Part 33, Agni Press, 2002.
Um guerreiro no mundo exterior brilha em sua armadura.
Um guerreiro no mundo interior brilha em sua meditação.
-Sri Chinmoy do livro God’s Hour, Agni Press, 1973.
A Guerra Interior e a Guerra Exterior
… Existem duas guerras, a interior e a exterior. A guerra interior é aquela em que nosso ser interior ou alma luta contra as limitações, ignorância, dúvida e morte. A exterior é aquela em que o o homem luta contra o homem, nação luta contra nação. A questão é: quando e como poderão essas guerras chegar a um fim? A guerra exterior chegará a um fim apenas se a guerra interior acabar primeiro. Isso quer dizer que, quando o ser interior ou alma vence a ignorância, o medo, a dúvida e a morte, então, no mundo exterior, não há mais necessidade de se travar a guerra. Lutamos porque em nosso interior profundo há desarmonia, medo, ansiedade e agressividade. Quando em nosso íntimo houver paz, alegria, plenitude e satisfação, não mais faremos a guerra. A guerra exterior chegará ao fim quando a guerra interior for resolvida. Ambas estão destinadas a acabar, e realmente chegarão ao um fim no curso da evolução humana.
There are many warriors of the inner world, but the main warriors are simplicity, sincerity, purity, aspiration, dedication and surrender. These divine warriors help the seekers discover God. Together they fight against bondage-night and ignorance-day. Their supreme commander is faith. (continua…)
Warriors Of The Inner World, Agni Press, 1976.
Você é um herói-guerreiro
Na vida interior.
É o que descobri.
Como então,
Na vida exterior,
Você é um guerreiro completamente perdido?